[O Último Virtuoso] Capítulo 11 - Ela, Eu & Ele
Atenção! O capítulo a seguir é recomendado para maiores de 18 anos, pois pode conter cenas de sexo heterossexual e/ou homossexual.
“A amizade de uma pessoa falsa é um fantasma escondido no armário.
Faz barulho, mete medo e não passa de uma grande mentira.” Autor Desconhecido
Quanta informação em um só dia! A volta pra casa
aquele dia foi bem atordoante. Enquanto Marky dirigia, eu permaneci calado
durante todo o percurso. Quando desci, ela me perguntou se não queria que
levasse Amanda para casa dela. Ao chegarmos lá, vimos que ela permanecia
dormindo. Preferi deixá-la ali. Digo à Marky que ficaria tudo bem e me despeço.
Fui tomar um banho e tentar relaxar.
Já estava mais próximo do que eu imaginava o dia que
eu daria de cara com aquele ser desprezível. Eu devia estar preparado e a
primeira fase da minha vingança já devia ser realizada. Meu desejo é que ele
sofresse o dobro ou até o triplo do que sofri. Aquela amizade falsa iria custar
muito caro pra ele... E a hora de cobrar era agora!
Saí do banho normalmente, afinal, Amanda estava
dormindo. Isso era o que eu pensava. Tiro a toalha e começo a me secar
normalmente. De repente vejo que ela estava sentada na minha cama e me olhava
impressionada.
— Amanda...
— Seu... Seu tarado — tapa os olhos.
— Ah, isso... Bem, eu fui tomar um banho. Estamos no
meu apartamento. Espero que se sinta à vontade. Se quiser tomar um banho eu
posso arrumar uma toalha e...
— Claro que eu não vou tomar banho aqui! Estou indo
embora pra minha casa agora! — se levanta da cama.
— Já é bem tarde... Tem certeza que vai sair uma
hora dessas?
— Antes os perigos da rua do que os de estar com um
homem como você!
A minha vontade era deixá-la ir pra aprender, porém
aquilo me atiçou de certa forma. Já sentia os efeitos colaterais malditos se
aproximando. Mas não eram só eles. Eu estava querendo fazer isso. Rapidamente a
puxo para a cama e fico por cima dela. Apesar de mostrar certa resistência,
sentia que aquilo tudo era fachada. É como se Amanda também quisesse.
— Sai de cima de mim, seu... Seu... Seu tarado! Isso
é... Isso é es...
— Estupro? — pergunto olhando diretamente em seus
olhos — Tem certeza que quer que eu saia daqui? — pergunto bem perto da sua
orelha — Não está bom?
Amanda mal consegue falar. Senti sua respiração
ofegante e ela estava tensa. Aproveito e começo a beijar seu pescoço. Ela me
pede pra sair, mas de uma forma como se pedisse pra eu continuar. Bem coisa de mulher isso. Logo ela já estava
segurando em meus ombros. Eu sabia que era isso que ela queria. Mulheres são tão indiretas... Isso me dá um
pouco de raiva, mas no momento estava muito bom. Começo a beijar seu rosto e
logo em seguida seus lábios. Ela retribui. Enquanto isso percorria com as
minhas mãos em seu corpo. Dessa vez eu podia fazer isso livremente e pude
sentir que ela estava em forma. Tinha seios e uma bunda de tamanho bem modesto,
mas estava ótimo desse jeito. O que eu acho legal nas mulheres são os seios. A
bunda não me atraía tanto.
Eu acabei apertando-a com força e perguntei se havia
machucado. Ela responde que um pouco, mas que eu podia continuar. Essa garota
realmente parecia outra. Comecei a beijar todo o seu corpo e notei que ela estava
bem animada. Coloquei a mão por dentro de sua calcinha e ela já estava molhada.
Se excitou bem rápido hein? Ela solta um gemido baixinho quando faço isso. Que
excitante! Me animei e encostei meu corpo ao dela enquanto arrancava suas
roupas e as minhas. Nos beijamos mais e ela parecia ter vergonha de encostar no
meu pênis. Quando ia colocá-la sentada no meu colo, ela logo pede pra eu parar.
— Leo... Eu... Eu nunca fiz isso antes... Podemos ir
com calma e fazer algo mais leve?
Nesse momento me vieram lembranças da noite com o
James. As coisas tinham sido tão diferentes...
— Tudo bem... Por ter me ajudado hoje, me focarei no
seu corpo. Isso é bom pra você se descobrir. Não precisamos fazer aquilo,
certo?
— Certo — sorri meio envergonhada e me pede
desculpas.
Apesar de tudo, eu não achava ruim. Não sou daqueles
que pensa só em mim no sexo. Acho isso horrível. Como a garota provavelmente
era virgem, não ia forçar a barra. Sendo assim, a deitei e puxei sua calcinha
lentamente. Nossa! Exatamente no momento que escorreu algo de sua vagina. Eu já
estava explodindo só de ver isso, mas precisava me controlar. Comecei com a ponta
dos dedos a percorrer aquela região. Ela tinha uma vagina bem bonita e depilada
ao redor. Não esperava por isso, apesar da Anne também ter a sua toda lisa.
Aliás, ao lembrar dela, acabei associando uma coisa a outra e fiz muito
parecido. Anne tinha ido a loucura no dia que a masturbei. Quem sabe não
consiga o mesmo efeito com Amanda?
Sem pensar muito, comecei a lamber devagar toda a
região, especificamente a parte do clitóris. Eu a provocava fazendo movimentos
bem mais lentos quando chegava nessa parte. Ela gemia e em alguns momentos até
colocou a mão na boca. Comecei a introduzir a língua no orifício da vagina. Era
bem apertado. Ela provavelmente era virgem mesmo! Uau! Sem hesitar muito,
coloquei o dedo indicador e fui fazendo movimentos lentos. Não dava pra colocar
tudo de uma vez. Senti uma pele quando tentei empurrar mais. Será que era o tal
do hímen? Ela parece ter se assustado um pouco quando toquei, então evitei
prosseguir. Fiquei só ali no começo e no clitóris. Fiquei brincando de tirar o
dedo e colocar. Ela parecia gostar muito disso. De fato as mulheres tem mais
sensibilidade nessa área inicial. Um tempo depois e ela começa a gemer e gozar.
Acho que a satisfiz. Pensei que ali acabaria tudo, mas Amanda se levanta e diz
que agora iria me retribuir. Não entendi bem e ela rapidamente segura meu pênis
e o coloca em sua boca de uma vez. Que tesão! Ela começa a chupá-lo todo.
Apesar de um pouco desajeitada, estava muito bom. A sua boca era menor que a de
James o que deixava as coisas mais apertadas. Eu já estava pirando com aquilo
tudo e alguns minutos depois, disse a ela que ia gozar. Retirei da sua boca e
comecei a me masturbar. Ela observava atentamente e se surpreende ao ver os
meus jatos saindo. Senti um orgasmo especial esse dia. Uma certa quantidade de
esperma acabou caindo na sua bochecha. Eu fiquei meio preocupado e ela disse
que estava tudo bem. Foi ao banheiro e se limpou.
Eu deitei na cama e alguém veio a minha cabeça.
James... Eu estava pensando nele... Será que eu estava com saudades? Vejo meu celular vibrando e tinha uma
mensagem. Era ele! Meu coração começou a bater de uma forma estranha. A
mensagem dizia:
“Leo! Está desocupado amanhã? Faz tempo que não vou
ao cinema... Quer ir ver um filme comigo?”
Respondi que iria sim e isso surpreendeu até a mim.
Ainda era fim de semana. Seria ótimo curtir um pouco, pois teria muito trabalho
pela frente... Em duas partes. Amanda retorna e deita ao meu lado.
— Eu tenho que dizer que gostei bastante. Você é
muito bom!
— Está apenas dizendo o que eu já sabia — brinquei.
— Convencido. Devia ter ficado calada. Agora você
vai ficar se achando.
— Não, não. Acaba sendo bom quando as pessoas tem
sintonia umas com as outras. E isso é bem raro. Você nunca fez sexo antes?
— Bem... Não é que eu não tenha feito... Eu...
— Entendi e isso nem é um problema. Eu mesmo não fiz
muitas vezes. Só tive duas pessoas antes de você.
— Com elas rolou e tal?
— Sim... Mas eram bem mais espertinhas que você — dou
risadas — já tinham feito. Eu era o inexperiente da história.
— Estou morta de vergonha! Mas acabei não
resistindo... Você parece ter uma magia ao seu redor... Enfim... Eu tenho uma
pergunta a te fazer.
— Faça...
— O que foi tudo aquilo que aconteceu hoje?
— Amanda, como eu te disse...
— Não minta, por favor. Eu sei que você está metido
com algo. Eu não vou te condenar. Até acho que você deve ter um bom motivo pra
isso.
Respirei fundo. Apesar de desconfiar de tudo e
todos, Amanda era uma das pessoas que acabou me quebrantando, não sei como.
Acredito que podia confiar nela. Contei mais ou menos como tudo aconteceu.
Depois de me ver usando poderes e dentro da casa de Regis Vincent, não tinha
como mentir. Ela ficou chocada ao ouvir minha história e principalmente por minha
mãe ter sido morta... Limpou as lágrima dos olhos e disse que já passou por
algo com uma falsa amiga.
— Quando estava no ensino fundamental, costumava ser
mais solitária. Vivia mais para os estudos. Um dia, uma garota nova chegou a
sala e acabei sendo a dupla dela em um trabalho. A partir dali acabamos nos
aproximando e nos tornamos o que eu acreditava se chamar de ‘amigas’. Eu tirava
notas bem mais altas que ela e notava que isso a incomodava. Um dia ela me chamou
para encontrá-la no ginásio e ao chegar lá fui surpreendida por um grupo de
garotas. Elas começaram a me xingar e a me bater. E sabe quem era a responsável
por tudo isso? A falsa amiga... Ela apareceu e disse que eu a irritava por
querer ser sempre a melhor. Fui humilhada e desde aquele dia, passei anos sem
me focar em amizades, só em estudos. Com isso consegui avançar duas séries e aí
conheci novas pessoas. Algumas delas são meus amigos até hoje. Sofri muito com
aquela perda na época, porém vejo que foi uma perda que se tornou ganho.
Notei que mais lágrimas escorreram dos seus olhos.
Ela realmente deve ter valorizado a amizade daquela garota que foi falsa com ela...
Assim como eu... Realmente existiam pessoas nessa situação.
— Entende o porquê da minha indignação? Essas
pessoas não prestam!
— Leo... Depois de uma decepção dessas a gente
realmente pensa isso. Mas e daí? Não quer dizer que todas sejam como aquela,
certo? — sorri e dorme logo em seguida.
O que essa garota disse? Não é possível que existam
seres humanos tão bons. A maioria só deseja mal e faz tudo por interesse, age
como parasita e quando não vê utilidade, chuta a outra pessoa... Que coisa!
Fui dormir meio pensativo aquela noite e ao acordar
não vi Amanda. Ela deixou um bilhete que me agradecia por tudo e pedia pra
esquecermos o que houve. Aposto que não era bem isso que ela queria, mas iria
respeitar sua vontade.
Naquele dia James
me ligou e combinamos o local de encontro. Fomos ao cinema e assistimos a um
filme juntos. Fazia tempo que eu não ia ver um filme. Em um certo momento,
quando estávamos comendo, notei que James não parava de me olhar. Na hora de ir
embora, ele pede pra eu ajudá-lo a procurar algo no banco de trás. Fui
ingenuamente e quando pergunto o que era pra procurar, ele sorri e diz que eram
os meus beijos, que estavam perdidos. Sem pensar muito ele me beija. Acabei
retribuindo. Mesmo que estivesse com Amanda na noite anterior, também gostava
de estar com ele. Eu estava confuso!
— Eu gosto muito de você! Seus beijos, esse seu
jeito fofo quando se irrita e é um pouco frio de vez em quando... — dizia isso
enquanto passava a mão em meu rosto.
Naquele dia fomos até o meu apartamento e fizemos
amor. É, não estou a fim de chamar de transar. E não, não estou apaixonado...
Talvez. De certa forma, pude comparar a minha relação com ele e Amanda. Com
James era mais intenso. Ele tinha beijos fortes e uma ótima pegada! Éramos uma
dupla de dominadores. Amanda era mais doce e eu quem tinha que agir, ser o
único dominador com os poderes totais. James mostrava que gostava de mim, ela
já tentava esconder. Amanda era um pouco mais fofa e delicada. Analisando tudo,
no fim das contas os dois tinham atributos que me atraíam.
Logo depois que terminamos, fomos ao banheiro tomar
banho juntos. James nota que eu estava meio pensativo.
— Algo está te incomodando?
— Estou muito confuso ultimamente...
— Tem algo a ver com aquelas coisas?
— Sim... Não sei o que fazer... James... Você já
teve alguma decepção com alguma amizade?
— Ah, já tive uma horrível. Era um amigo da época
que eu jogava futebol.
— Você já jogou futebol? Uau!
— Sim! Já joguei no time da escola por anos. Como
acha que conquistei esse belo par de coxas?
— É, e que coxas... Digo, continue.
— Eu fiz um amigo nessa época. Ele era como um irmão
pra mim. Eu contava todos os meus segredos, exceto o de que era homossexual.
Nessa época eu já me envolvia com homens. Aliás, alguns caras do time e eu
já...
— Aqueles metidos a machões?
— É o que mais tem. No fundo adoram outro homem e
ficam fazendo tipo. Eis que um dia resolvi contar a verdade pra ele. No começo
ele agiu como se aquilo fosse normal e que me respeitava. Disse pra eu confiar
nele que nunca diria a ninguém. Porém... Algumas semanas depois e uma notícia
foi publicada no jornal da escola ‘James beija rapazes’. Ele mesmo tinha dito
tudo e a fofoca se espalhou por toda a escola. Foram dias infernais e até do
time eu tive que sair.
— Que absurdo!
— Por que me fez essa pergunta?
— Acho que depois de me contar sua história... Não
vejo o porquê de ficar escondendo a minha...
Talvez eu
estivesse pirando em contar pra mais uma pessoa, mas sabe quando você quer
falar, desabafar? Eu estava com isso preso. As únicas pessoas que contei eram
Marky e o Lucas. Ambos também tiveram decepções com falsos amigos na vida...
Contei toda a história para James. Ele me olha e dá uns tapinhas nas minhas
costas. Logo, me dá um forte abraço. Senti um calor imenso.
— É uma pena que no fim das contas sua mãe quem
pagou por tudo isso... Sabe, esse cara é um babaca! Mas saiba que existem
pessoas boas no mundo. Pessoas que conquistam sua confiança e que tem boa
índole. Existe trigo no meio de tanto joio. Olhe pra você. Um belo trigo, eu
diria. Não se corrompa e se torne joio igual os outros.
Essas palavras mexeram comigo... Será que eu estava
agindo como quem me fez mal? De repente, memórias vieram a minha cabeça.
Lembrei do dia pavoroso da véspera do meu aniversário.
“Ele
estava comigo. Me abraçou falsamente e me desejou parabéns. Me senti tão desconfortável
que a minha vontade era que ele me largasse logo. Ele logo sorri e me entrega
um presente. Como esperei por aquilo! Receber o presente de alguém que eu
considerava tanto. Ele tinha comentado comigo há um bom tempo que procurava meu
presente, queria ver algo que fosse a minha cara. Quando abro aquela embalagem,
vejo algo que me desmotivou mais ainda... Ele estava zoando com a minha cara...
Eu recebi um vibrador de presente... Tudo bem, podia ser uma brincadeira...
Não, não era exatamente isso. Com todo aquele contexto, aquilo não me soava
como uma brincadeira. Ele sorri e achava graça. Não se importava com o que senti
durante todo esse tempo. Não tínhamos um
nível de amizade onde aquilo podia acontecer. Foi naquele dia que me toquei que
não tínhamos sequer uma amizade! Eu me senti totalmente desconfortável de
receber aquilo de um estranho... Era o que ele era... Um estranho. E eu sabia
quem estava junto com ele na compra daquilo. E eu te garanto que doeu meu
coração mais ainda. Aquele não era o momento certo... Isso além de me contar
coisas horríveis envolvendo essa outra pessoa e me dizer com uma certeza
convicta “Ela está do meu lado e não do seu”. No fim das contas, o que era pra
ser brincadeira, me machucou muito. Acho que doeu muito mais do que se eu
tivesse enfiado aquele vibrador inteiro no meu...”
Logo retorno à realidade. James pergunta se estou
melhor. Apenas balanço com a cabeça. Minha decisão estava tomada. Ele se seca e
sai do banheiro. Olho para o espelho e observo algo curioso. Meus olhos começam
a brilhar. Aquele lindo brilho azulado era o que eu usava para levar meus
inimigos ao mundo dos sonhos. Logo ele se avermelha. Me assusta no início, mas
sinto um forte desejo de vingança percorrer todo meu corpo. Muito maior que
antes. Não... Eu realmente não podia desistir do meu plano agora. Esse era o
momento certo, o qual esperei por cinco longos anos!
[CONTINUA...]