[O Último Virtuoso] Capítulo 9 - A Casa de Vincent
Capítulo 9 – A
Casa de Vincent
“Á medida que crescemos, nós não perdemos amigos. Apenas aprendemos
quem são os verdadeiros” Autor Desconhecido
Eu não acredito que estava na
presença de Jennie agora. Ela estava visualmente bem diferente. Sempre teve um
belo corpo, mas me parecia melhor ainda. Sua expressão facial e seus cabelos
também estavam diferentes. Ela de fato estava bonita. Olho rapidamente para a
sua mão direita e vejo um anel de compromisso. Ela devia estar noiva de alguém.
Acho que já era hora de quebrar o silêncio e resolvo falar com ela:
— Senhorita Spagnola, me parece
muito bem!
— E por que não estaria Sr.
Cavallini?
Essa era a Jennie que eu conhecia.
Sempre com essas cortadas e seu jeito “agradável” de ser. Um amor de pessoa, só
que ao contrário.
— Olha só... Quem é vivo realmente
sempre aparece. O que faz aqui? — pergunta Jennie. A porta do elevador abre e
espero ela sair pra ir logo em seguida.
— Visitando um colega de trabalho.
— Ia comentar sobre o horário, mas
dado que isso não é da minha conta...
— E você? Também visitando um colega?
— Eu moro aqui. Vou me casar daqui
alguns meses e pretendemos ficar por aqui.
— Olha só que interessante.
— Pois bem... Aproveitando o nosso
repentino encontro, pode até parecer surpreendente vindo da minha pessoa, mas
tenho algo para conversar com você. Nunca te encontrei em lugar algum. No fim
das contas, tenho certeza agora que você tinha mesmo mudado de cidade. Quem
diria que eu estaria aqui anos depois.
— Com certeza estou surpreso com
essa proposta de conversa. Lembro que você mal costumava sair conosco.
— Não rolava convite, lembra?
— Novamente curta e grossa. Espero
que não me culpe. Eu mal marcava saídas. Mas voltando ao nosso assunto, podemos
conversar naquela lanchonete ali do comércio em frente. O que acha?
— Concordo.
A lanchonete ficava bem perto dali.
Senti um frio na barriga e mal conseguia imaginar que assunto seria. E se ela
fosse tentar me matar como a Marcella fez? Não... Ela me parecia diferente.
Jennie nunca foi tão próxima do grupo. Costumava conversar mais com Bruce. Aliás,
acho que ela era apaixonada por ele, embora nunca tenha assumido.
— Sei muita coisa sobre você — me
encara e logo começo a me sentir ameaçado — Naquela época não me importava,
porque te achava chato com aquela alegria contagiante todos os dias. Porém, vejo
que você está bem diferente.
— E por que não estaria? — devolvo
com sua clássica pergunta.
— Com certeza tem muitos motivos pra
isso, não é mesmo? Virtuoso...
— Como?
— Eu sei. Não adianta tentar
esconder, porque você é péssimo nisso. Pesquisei sobre você exatamente após
achar tudo aquilo que aconteceu muito estranho. Você envolvido com o
assassinato da sua mãe... Assassinatos de estudantes... Foi enviado a um
manicômio e desapareceu... Algo nessa história sempre me pareceu errado.
— Então você confia que estou
dizendo a verdade?
— Não sei... Se tiver feito isso
tudo, também não me importo. Estou estudando sobre a lenda dos virtuosos.
— Lenda dos Virtuosos?
— São seres incríveis com genética
completamente diferente. Eles possuem dons e instintos assassinos.
— Diga o que você sabe sobre mim
então.
— Você é o virtuoso que herdou o
olhar maligno dos sonhos e a mão de Saturno.
— Como sabe de todas essas coisas?
— Pesquisas... Muita leitura. Só
precisei me esforçar um pouco pra ir em busca desse novo conhecimento.
— E o seu contato com os outros?
— Que contato? Perdi o total
interesse. Tudo ficou tão estranho depois que você sumiu. Boatos e fofocas.
Eles estavam sempre no meio da maioria. Já ouvi até que você era um ser
perigoso, o que de fato não deixa de ser verdade. Acontece que eu estava mais
preocupada em estudar a história em si do que saber quem matou ou deixou de
matar quem.
— Eu tenho alucinações constantes e
não tenho lembranças de nada disso.
— O próprio corpo de um Virtuoso faz
isso. O leva para um estado de alucinações e esquecimento, para que assim ele
mesmo se liberte de qualquer sentimento de culpa e não termine em suicídio. Não
é interesse da própria genética do seu corpo se extinguir.
— Isso... Isso é grave! Não posso
acreditar que sou assim!
— Mas é! E podemos descobrir mais...
Só que isso tem um preço.
— E qual a sua proposta?
— Eu sei que você é capaz disso.
Regis Vincent possui uma pasta com informações sobre os Virtuosos.
— Esse não é o dono da Soldi &
Successo?
— Exatamente... Você deve estar se
perguntando como isso está na casa dele. Pois é... Ainda não sei exatamente,
mas a partir de fontes externas, descobri que está lá. Dentro do seu quarto, no
fundo de um baú.
— E você quer que eu entre lá e
pegue isso pra você?
— Em troca, além de saber mais sobre
si mesmo, vou te dizer exatamente o paradeiro dos outros. Sei de cada um e
tenho certeza que é uma informação do seu interesse.
Nesse momento eu até me senti
motivado a embarcar nessa loucura. Afinal, não iria conseguir fazer o que eu
queria se continuasse na defensiva o tempo todo. Essa era a oportunidade que eu
tinha pra mudar a posição no jogo.
— Eu sei que lá tem um bom sistema
de segurança e...
— Nada que um virtuoso não dê conta
de resolver — digo com convicção.
— Ora, ora... Interessante. Por que
não daria, não é? Vou te passar o meu número e alguns detalhes. Assim que
conseguir a pasta me avise pra marcarmos um encontro. Lembrando que farei uma
viagem de duas semanas depois de amanhã. Quanto mais rápido, melhor.
— Você com certeza tem um interesse
bem maior do que só estudar, tenho certeza, senhorita Spagnola.
— Talvez... Topa ou não topa?
— Claro. Isso beneficia a mim
também.
— Quem diria... Como você mudou
hein? Sabe que te prefiro assim?
— Eu também me prefiro agora.
Me despeço de Jennie e vou embora
pensativo. Por trás disso eu tenho certeza que tinha algo, mas mesmo assim
estava pronto pra me arriscar e conseguir informações dela. Caso ela me traísse
ou estivesse me enganando, eu daria um fim nela sem nem pensar duas vezes. Olho
para o lado e vejo um vulto que me parecia familiar. Aqueles cabelos longos...
Parecia estar fugindo pra que eu não visse... Enfim... Preciso me reunir com
Lucas e Marky imediatamente!
Já era bem tarde da noite e
encontrei os dois no apartamento de Lucas. Aquele local estava uma bagunça!
Livros pra todos os cantos, xícaras de café sem lavar e espalhadas pela mesa.
Marky chega poucos minutos depois de mim e nos sentamos na sala. Conto tudo que
aconteceu aos dois.
— Olha só. Então quer dizer que você
acabou cedendo ao James? Levou ou comeu? — pergunta Lucas prestes a rir.
— Não fique fazendo essas perguntas
ao mestre, senhor Turatti. Tudo é parte do plano dele — Marky responde.
— Esse anão quer ficar me zoando por
causa disso, mas eu não me importo. Eu já tenho tudo arquitetado na minha
mente. Na noite de amanhã, iremos até a tal casa do Regis Vincent. Precisamos
de um plano rápido.
— Regis Vincent mora perto daqui. É
só subir algumas ruas. Vai ser fácil conseguir o esquema da segurança de lá —
comenta Lucas.
— A Jennie disse que era um sistema
muito bom.
— Meu caro... Você está falando com
um excelente hacker, além de escritor.
— O que o escritor tem a ver agora,
excelente hacker? — pergunto.
— Apenas verá... Preciso de umas
duas horas pra ter uma estratégia toda montada.
— Mestre, eu estarei ao seu lado!
Aliás, já vou até me preparar pra essa grande operação.
— Certo!
Nós três passamos algumas horas ali
conversando e logo fui para casa. Quase não dormi direito. Estava ansioso e por
duas coisas. Queria obter as informações a respeito do paradeiro dos outros e
agora também saber mais sobre os Virtuosos. Queria me conhecer mais.
A noite chegou tão rápido. E lá
estávamos eu, Marky e Lucas dentro de um apartamento que tinha uma bela visão
para a casa de Regis. Nem perguntei como aquele maluco conseguiu. A rua estava
deserta e dali era possível ver alguns homens em lugares estratégicos da casa.
Não era uma mansão, e sim uma casa grande. Com certeza esse cara a usava apenas
como disfarce pra outras propriedades que devia ter. Estávamos terminando de
confirmar todas as etapas do plano. Lucas mostra o mapa da casa e o local do
quarto de Regis. A casa contava com doze seguranças e sistema de alarme de alta
segurança em alguns pontos.
— Mestre, se quiser posso aniquilar
todos os seguranças enquanto abro o caminho — diz Marky ingenuamente,
acreditem.
— Não, só mataremos se for
estritamente necessário.
— Desculpe. Só não quero que ninguém
faça nenhum mal ao meu mestre.
— Eu sei e sou muito grato a isso.
Sabe que a única coisa boa de ter passado por aquele lugar horrendo no passado
foi ter te conhecido.
Marky abre um pequeno sorriso e era
possível notar que suas bochechas se avermelharam. Lucas tosse e parecia não
ter gostado.
— Esqueceu de mim?
— Claro que tem você também, bobão!
—
Depois continuamos esse assunto. Agora voltando ao plano, vocês dois terão
aproximadamente duas horas pra pegar esse negócio e sair. Se demorarem mais que
isso, o risco de serem pegos aumenta a cada segundo. Usem esses comunicadores e
vamos tentar ser ágeis — diz Lucas.
— Fala como se você fosse estar
lá.Vai ficar sentado aí — eu digo.
— Eu sou a estratégia de tudo,
aceite. Daqui é possível observar coisas que vocês que estarão lá dentro não
vão poder. Já sabem como entrar. Saiam pelo mesmo lugar e não demorem.
— Isso me lembra os velhos tempos...
Como naquele dia... Nós três entraremos em ação novamente — comenta Marky.
Nesse momento uma rápida memória
passa por minha cabeça. Nós três estávamos com aquelas roupas brancas enquanto
corríamos naqueles corredores horrendos daquele lugar. Mas não era hora de
ficar recordando.
— Exatamente — coloco a minha mão no
centro e logo Marky e Lucas colocam as deles e levantamos animados — Está na
hora de sair da defensiva e partir pro ataque. Vamos lá!
Com muito cuidado, saí com Marky do
prédio e esperamos alguns minutos escondidos atrás de uma árvore. O primeiro
passo era localizar a entrada. Lucas descobriu que essa casa era usada por um
grupo de mafiosos e tinha algumas saídas e entradas secretas. Analisando o sistema de segurança, ele
constatou que elas não eram mais usadas e praticamente todas estavam
bloqueadas, exceto uma. E era pra lá que eu e Marky estávamos indo. Pra ter
acesso era necessário ir para a parte de trás. Chegamos a uma árvore e a
passagem realmente estava lá, atrás dela. Era um alçapão enferrujado que estava
bem escondido ali. Fiquei impressionado em ver que realmente era verdade. Marky
me abaixa rapidamente. Por questão de segundos não fomos visto por um dos
seguranças lá de dentro. Ele passou pela grade naquela hora. Meu coração estava
acelerado. Que adrenalina!
Quando ele se afastou, abrimos o
alçapão e notamos que não tinha nem uma escada. Lucas diz que ela não existia
mais, e devíamos prender e usar uma corda. Marky toma o comando e faz isso
rapidamente. Ela desce primeiro e eu vou logo em seguida. Não era muito fundo.
Só que não tinha iluminação nessa parte e usamos algumas pequenas lanternas pra
ver o caminho. Andamos por uns cinco minutos e logo chegamos a uma divisão de
caminhos. Entramos em contato com Lucas. Ele diz que pela direita era o caminho
certo e assim que subíssemos na casa, a probabilidade de um segurança estar ali
era imensa. Antes de seguir, noto uma coisa curiosa. Estávamos numa espécie de
prisão. Provavelmente os mafiosos desse local usavam isso como cárcere privado.
A maioria das celas estava destruída e noto algo curioso nas paredes. Estava
escrito alguma coisa muito ilegível. A única coisa que consegui ler foi ‘virtuoso’.
— Marky, ilumine aqui pra mim, por
favor.
Tiro uma foto do meu celular. Talvez
aquilo pudesse ser útil algum dia. Sem enrolar mais, seguimos e logo saímos em
outro alçapão. Ele dava para o porão. Assim que saímos fomos recebidos por um
segurança que se surpreende com nossa presença. Ele se levanta e não tem tempo
nem de pensar. Marky o atinge com um golpe certeiro no pescoço. Ela garante que
ele não iria se levantar por umas três horas.
— Tem certeza? Achei que com um
golpe desses ele não se levantaria nunca mais.
— Pode ficar tranqüilo, mestre.
Peguei leve com esse por estar apenas fazendo um aquecimento.
Essa frieza dela nos momentos certos
era assustadora e ao mesmo tempo apaixonante. Subimos as escadas do porão com
calma e logo saímos com o máximo cuidado possível. Uma grande sala de estar com
quadros bonitos. Estava escura e vazia. Lucas diz para subirmos as escadas e
seguirmos para a esquerda. Cuidado deveria ser tomado, pois alguns seguranças
estavam circulando lá dentro. Segundo ele, Regis ainda estava no escritório
lendo. Assim que ele diz isso, sinto uma mão fria me tocar. Ao olhar para trás
vejo um homem de quase dois metros de altura me encarando. Ele tenta me atingir
com um soco e logo saca a arma. Sem perder tempo, lhe dou um forte golpe na
barriga com a mão direita. Ele sente dor, mas não desmaia. Em hipótese alguma
eu podia usar o meu olhar agora. Ele estava sendo guardado pra um momento de
emergência. Marky começa a lutar com o brutamonte. Era incrível como ela não
tinha medo e estava lutando de igual pra igual. Realmente era uma mulher muito
forte. Ao observar a luta vejo aquele mesmo vulto que vi quando sai da
lanchonete ontem. Aqueles longos cabelos. Olhando mais atentamente, percebo que
o segurança fazia Marky ter que recuar cada vez mais e a poucos metros consigo
enxergar feixes de laser. Aquilo ativaria algum alarme ou poderia até matá-la.
Por algum motivo, tenho certeza que ela não estava vendo e o segurança estava
levando-a pra lá.
Corro na direção do homem e lhe dou
um golpe na perna direita. Ele cai e tenta segurar a minha perna. Marky pula
por cima dele. Que cena incrível! Logo dá um golpe diretamente no pescoço dele
e o brutamonte desmaia. Ela realmente era especialista em pescoços e eu sou
prova disso. Uma vez já pedi que ela desse algumas lambidas e mordidinhas no
meu... Leo! Não é hora ficar pensando nisso!
— Desculpe a demora, mestre!
— Você foi ótima! Me senti num filme
de ação agora — ri um pouco — ele quase jogou você na direção daqueles lasers
ali. Consegue ver?
— Não vejo nada. Obrigada, mestre.
Seus olhos devem conseguir enxergar isso. Mais uma habilidade descoberta.
Por essa eu não esperava. Mas de
qualquer forma precisávamos desativar isso. Eu conseguia vê-los por vários
locais da casa, inclusive no corredor da esquerda. Recebemos um sinal de Lucas.
— Acabei de encontrar a fonte desses
lasers e não está fácil decodificar o código daqui. Porém, existe uma maneira.
Um de vocês dois vai até o segundo andar da guarita. Lá tem dois seguranças e
caso consigam desligar, um pode monitorar o outro e ser mais rápido. Porém, vão
precisar se separar.
— Marky, pode cuidar dessa parte?
Com a minha visão posso passar com cuidado pelos lasers e você os libera pra
que eu possa voltar rápido quando conseguir a pasta.
— Sim. Farei o que me pede. Tome
muito cuidado e qualquer coisa avise no comunicador. Eu saio de onde estiver
pra vir te ajudar.
— Obrigado! Vocês dois me ajudaram
bastante, mas agora é minha hora de fazer algo.
— E quem você pensa que está
financiando esses seus joguinhos de tênis medíocres? ... Acho bom acordar logo e se preparar. Se tiver
que matar, você vai matar! É isso ou prefere ver sua irmã ser morta por aquele
ser do mal? ... Agora você até mudou o tom, não é? ... Não seja resistente e
faça o que ele está te pedindo... E daí que é droga ou não?... Marcella? Uma
inútil que não teve cautela ao usar. Você tem mais potencial que ela e sabe
disso. Agora se apresse e pare com isso.
A conversa estava até interessante,
mas eu não podia continuar ouvindo. Recebo um sinal de Marky que diz ter
conseguido desligar os alarmes. Enquanto caminhava para o quarto pergunto se
ela estava bem. É aí que ela diz algo estranho. Não havia segurança algum
dentro da guarita. Lucas diz que no momento que tinha falado com eles viu
claramente dois deles lá dentro. O que me intrigava acima de tudo é não ter
câmeras nesse local. Marky diz que havia telas que demonstravam a existência de
câmeras escondidas, porém estavam todas desativadas. Lucas diz que não comentou
com eles, mas conseguiu invadir o sistema das câmeras e colocou imagens
repetidas da noite anterior. Porém estranha o fato de estarem totalmente desligadas.
Marky vê um segurança caído e comenta que provavelmente tem mais alguém dentro
daquela casa. De qualquer forma, não perdi tempo. Entrei no quarto do tal
Regis. Era grande e cheirava bem. Tudo organizado. Observo pra ver se havia
alguém ou algo estranho e noto que estava tudo limpo. Logo vejo o baú e
vasculho. Muitos papéis e camisinhas de todos os tipos naquele lugar. Ele devia
ser um colecionador. Tinha até camisinha de natal que brilhava com cores
diferentes! Ao fundo encontro uma pasta. Abro e vejo o título: ‘Virtuoso é
aquele que escolhe o seu próprio caminho”. Aquela pasta seguia exatamente as
características que Jennie descreveu.Agora era só sair dali. De repente alguém puxa a pasta da
minha mão.
— O que faz aqui e pra quê quer
isso?
Ao olhar para o lado, vejo Amanda! O
quê e como essa garota tinha entrado aqui? Ou será que na pior das hipóteses...
Ela podia morar aqui? Amanda... Amanda era uma deles. Não é possível! Meu
coração acelerava e eu me senti tonto. É como se algo ali estivesse errado.
— Leo! Você já conseguiu a pasta e
saiu do quarto? A luz do escritório acabou de ser apagada. Leo, está me
ouvindo? Já pedi pra Marky te esperar no local combinado. Leo? Leo?
Nesse momento eu mal conseguia
pensar. Só olhava pra cara de Amanda e não disse sequer uma palavra. A porta do
quarto se abre e uma figura nova se revela.
— O que vocês dois pensam que estão
fazendo aqui? — pergunta irritado.
[CONTINUA...]